A lendária decisão daquele campeonato
Que se decidiu no coração
Mil novecentos e oitenta foi o fato
Num maracanã lotado de emoção
Times em pé de igualdade
Com rivalidade, craques à vontade,
chamam multidão
Um jogo seminal
Com os nervos a mil
A batalha final
O Flamengo que perdera no primeiro jogo
Tinha agora que se superar
Na maior prova de fogo de seu manto
Com a massa toda em campo a empurrar
Briga de habilidade, criatividade,
Com dignidade, arte de jogar
O Galo era durão
Perigoso rival
E lá no Mineirão...
A catimba foi a tônica que demarcou
a primeira metade do grande duelo
A jornada icônica se iniciou
logo em alta tensão
Teve muita confusão e até violência,
quando Rondinelli depois de atingido
ficou estendido e sem reação
A pressão do Galo era muito forte já,
pressionou, pressionou
Na saída de bola Junior foi driblar,
bobeou, bobeou
E logo para quem a bola foi sobrar
Pra Reinaldo não, pra Reinaldo não
Um a zero então
No Maracanã o Mengo
Tinha uma fogueira,
um grande desafio a enfrentar
Já era a hora de vera e o rubro negro
tinha talentos de sobra pra virar
E uma volta valiosa, pedra preciosa
carta poderosa, Zico ia jogar
Agora eu quero ver
Quem tem mais coração
Garrafas pra vender
E lá vem Flamengo,
é Zico lançando pra Nunes,
saiu o goleiro a bola vai entrando
Num breve momento daquele perfume
que se chama gol
A explosão da torcida é interrompida,
pois dada a saída a bola rebateu,
Reinado invadiu e o jogo ele empatou
O flamengo vai pro ataque
em busca de outro gol,
que virá que virá
Pois numa rebatida, júnior emendou,
bateu lá, bateu cá
E apareceu Zico para fuzilar,
Quanta emoção! Haja coração!
Dois a um Mengão
Veio o segundo tempo e o rubro negro
Ia administrando o placar
Mas era ainda bem cedo pois o jogo
Tinha armadilhas por todo lugar
Como uma temerária
bola sobre a área, zaga se atrapalha,
E quem é que chegou?
Pulando num pé só
Empatando outra vez
Reinaldo não tem dó
O relógio era do Galo que fazia cera
e de tanto que fez acabou que Reinaldo
logo foi expulso e de maneira tola
o jogo ele deixou
Quando Nunes recebeu a bola
junto dele as milhões de vozes
Numa enorme boca em vermelho e preto
Pediram o gol
Mano a mano ele e o beque, é hora de arriscar
Aflição, aflição
E ele ameaça que vai atrasar,
Só que não, não vai não
Engana o beque e chuta com convicção
Alucinação
Em flutuação
Autocombustão (eletrocussão)
E o jogo terminou
Para o Galo ainda não
Mas o Mengo levou
O troféu campeão
A massa delirou
E não teve perdão
E não teve perdão
E não teve perdão
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